Maytreia

Maytreia. Abrimos essa palestra com uma citação da Doutrina Secreta, onde HPB afirma que “Desde os rishis indianos até Virgílio e de Zoroastro à última sibila, todos, sem exceção alguma, desde o começo da 5ª Raça-Mãe, profetizaram, cantaram e prometeram a volta cíclica da Virgem e o nascimento de uma criança divina, que faria renascer a Idade de Ouro ou Satya-Yuga sobre a Terra.

Logo que as práticas da Lei estiverem na ocasião precisa de terminar o ciclo de Kali-Yuga (“idade negra”), em que ainda estamos, um ASPECTO DO SER DIVINO que existe, em virtude de sua própria natureza espiritual, na pessoa de Brahmã, que é o Começo e o Fim (o alfa e o Ômega), descerá sobre a Terra. Ele nascerá na família de Vishnujasna, como um eminente “Filho de Shamballah” e Senhor dos “Oito Poderes da Yoga”. Por seu imenso poder, destruirá Ele todos aqueles cujo mental é votado à iniquidade. Então, a Justiça se fará na Terra e os que viverem até o fim da Kali-Yuga, despertarão com o mental tão transparente (ou puro) como o cristal”, reconhecido como Maytreia.

É sobre a manifestação desse Ser Divino, o Cristo Cósmico ou Maytreia, o Senhor Supremo de nosso Universo, a expressão de Maha-Vishnu, o Grande Conservador e portanto a mais elevada consciência existente, que iremos falar em nosso estudo de hoje .

Ele, é responsável pela realização do plano evolutivo da humanidade, de mundo em mundo até a realização plena do arquétipo divino, plasmado pelo Eterno para as humanas criaturas. Ele através de seus Avataras, dinamiza o Pramantha, a Roda da Evolução.

Mas, antes de falarmos do Cristo Cósmico, mister se faz esclarecer, a diferença existente entre iluminação, incorporação e avatarização.

A iluminação, caracteriza-se por uma realização humana, diz respeito aqueles indivíduos que conseguem fundir a tríade superior, formada pelos corpos sutis que formam a individualidade: Atmã, Budhi e Manas ; aos veículos inferiores, relativo aos corpos físico, etérico, astral e mental. O ser que realiza esta integração em si, é chamado de Budha, ou iluminado.

O Senhor Gautama Budha, ou o Budha Sakiamuni, representou a ascensão ou hierarquização humana, a entronização da consciência do homem. Diferentemente dos Avataras, ele faz parte da corrente evolutiva que se desenvolve na terra, na qual se originam vários Budhas, ou iluminados, seres que fundiram seus veículos densos e sutis e conseguiram despertar.

No passado, no presente e no futuro os Budhas, ou iluminados, destacam-se por seus próprios méritos, na longa marcha evolutiva humana. Porém, o Budha Sakiamuni, é considerado o chefe da hierarquia dos Jivas, a onda de vida que se desenvolve na terra, por ter compreendido, praticado e ensinado, perfeitamente o Dharma, ou a Lei, a Missão humana na terra.

Mas geralmente, para que um ser humano possa atingir a iluminação, ele precisa submeter-se a uma dura disciplina espiritual, que o possibilite trabalhar sua personalidade, disciplinar seus sentimentos e desenvolver os poderes latentes da mente. Através do equilíbrio dos seus veículos, o ser humano pode integrar perfeitamente seus veículos superiores e inferiores, despertando sua consciência, se convertendo assim num perfeito representante de Deus, harmonizado com os elevados ideais, que representam a consciência coletiva da Grande Fraternidade Branca.

Os seres que realizam esta integração, entre o micro e o macro cosmos, são preparados, durante várias encarnações, nos colégios iniciáticos, nas criptas secretas, nos templos e mosteiros, do ocidente e do oriente, nesta e em outras dimensões.

O propósito das escolas iniciáticas, é desenvolver nos seus discípulos as condições que os permitirão, nesta ou em outra encarnação, integrar seus veículos superiores e inferiores, de modo que possam despertar ou atingirem a iluminação. Possibilitando dessa forma o cumprimento consciente de seu Dharma ou sua Missão na face da terra. Esse assunto exige maior aprofundamento e trataremos dele numa ocasião específica.

Na incorporação, a consciência que se manifesta, é diferente da consciência do médium. Este último é apenas um intermediário entre o mundo astral e o mundo físico um elemento passivo, inferior a entidade que se manifesta, objeto de outro sujeito. Sua percepção, na maioria dos casos, é adormecida momentaneamente, para que outro ser, originário do plano astral, assuma o controle do corpo do médium.

A incorporação não é praticada nas escolas teosóficas, por suspender a percepção do médium, que na maioria dos casos não participa conscientemente do que se passa enquanto está “incorporado”. Além do que, a plasticidade do plano astral, cria dificuldades no estabelecimento da natureza da entidade manifestada.

Já a avatarização, diferentemente da incorporação, ocorre com plena consciência do ser encarnado, ele é o próprio Avatar. Segundo o prof. Henrique José de Souza, o termo Avatara (AVA descida e TARA ou TORAH – Lei), equivale a descida da Lei, do Dharma, ou seja a descida de Divindade, pois Deus e a Lei Universal, são sinônimos, referindo-se assim, a manifestação na face da terra, da consciência de um Ser de alta hierarquia espiritual, originário das dimensões mais sutis de nosso universo, dos planos Nirvânico, Paranirvânico, ou Maha-paranirvânico.

O quaternário inferior que será ocupado pelo Avatar, é constituído especialmente para esse fim. Ou seja, seu corpo mental concreto é criado em rituais e cerimoniais, em templos e mosteiros que trabalham com magia mental; o veículo astral que ele utilizará durante sua vida e que lhe possibilitará a realização de fenômenos, foi gerado em rituais das antigas escolas que trabalhavam na tônica astral e até mesmo, seus corpos físico e etérico, podem vir a ser concebidos e gerados por casais de iniciados, para este fim.

Ou seja, existem casos que integral, ou parcialmente o quaternário inferior, utilizado pelo Avatar, tem que ser preparado de forma especial, para receber a consciência do Ser de alta hierarquia espiritual, do Deus que o habitará.

Esse processo, possibilita a Divindade, fazer um Avatara, ou seja assumir plenamente o controle de seus veículos, colocando-os integralmente a serviço de sua missão.

Porém, a manifestação do potencial de consciência que o Avatar atingirá na face da terra e o nível de profundidade de seus ensinamentos, dependerá de sua missão e do estado de consciência da humanidade e da era que estivermos vivenciando.

Por isso a avatarização quando ocorre, pode ser parcial, de 70%, de 50%, ou mesmo de 30%, raros são os casos de um Avatar integral de um Ser de elevada hierarquia.

Outro motivo para isto é explicado através da seguinte analogia; imaginemos que por algum meio, a consciência de um homem, pudesse ser introjetada dentro da estrutura psíquica de uma célula, isso “torraria” a célula, pois ela não tem instrumentos, canais para tratar as sutilezas, os matizes e a “voltagem” da consciência humana.

Considerando que a relação entre a consciência de um luzeiro, ou de um planetário e a de um homem é muito maior do que a relação existente entre a consciência do homem e a de sua célula.

Devido a isso, é extremamente raro, que um ser de elevada hierarquia, faça um Avatar integral (100%), principalmente na era que estamos vivendo, a Idade Negra, onde o nível de consciência da humanidade está totalmente focado na matéria, se assim ocorresse, Ele praticamente ficaria incomunicável e seus ensinamentos se perderiam.

O que foi dito acima, é extremamente válido, principalmente em relação ao Cristo Cósmico, em sua manifestação cíclica através das eras. Quando isso acontece, temos a suprema individualidade de Deus, manifestada integralmente na face da terra. Essa entidade cósmica, é conhecido pelos iniciados, pelas sagradas iniciais JHS.

A veste, ou aparência humana, que ele ocupa chama-se Nirmanakaya, ou veículo de transformação e muda de manifestação para manifestação, ela é relativa a aparência humana, o nome e a forma que ele ocupa durante uma manifestação.

Como trata-se de um luzeiro, um Ser Cósmico, não deve ser associado a uma pessoa. Devemos localiza-lo em qualquer uma de suas expressões, por sua doutrina e por seus ensinamentos, não pela aparência do corpo utilizado.

Este luzeiro, o Cristo Cósmico, faz três Avataras em cada era. Um no início da era, ou do ciclo, que ensina o sistema iniciático, dinamizando o estado de consciência da humanidade. Esta expressão avatarica é conhecido como Bijam, ou semente dos avataras, ou Manu Semente, aquele que legisla para o ciclo, chamado no sistema védico de Avatar de Vishu.

Outra manifestação deste Ser, ocorre no ápice da civilização, quando o Cristo Cósmico se manifesta como Avatar de Brahmã, que quando se manifesta engloba a consciência das três manifestações avatáricas do ciclo. Ele é o Senhor dos três mundos, Maytreia. Seu aparecimento se dá no meio da era, ou do ciclo, para consolidar e dar o máximo de revelações que possam ser compreendidas, pela humanidade do ciclo.

Portanto, para ser capazes de aprender novos conhecimentos que serão revelados pela futura expressão do Cristo Cósmico, as humanas criaturas devem estar preparadas. Se não Ele pode vir e não ser reconhecido, ou melhor dizendo entendido.

Outra manifestação Sua, se dá, no fim da era, onde então é conhecido como Manu Colheita, ou Avatar de Shiva, o transformador, que encerra o ciclo, recolhendo os frutos espirituais que plantou no início da era, ou seja encaminhando as almas que se iluminaram através dos ensinamentos dados naquele período para outros sistemas de evolução.

Este Ser, o Cristo Cósmico, Maytreia, vem se manifestando ciclicamente, com vários nomes humanos, durante a história da humanidade, com a finalidade de elevar o estado de consciência e impulsionar as civilizações. Dessa forma, permitindo ao homem, reproduzir no mundo e em si, o arquétipo de perfeição, traçado pelo Eterno.

Com esse propósito, Ele, se manifestou através da consciência de Rama, o Avatar da era de Aries, que comandou a migração dos Arianos para as planícies da Ásia menor, antes da submersão total da Atlântida.

Na Pérsia, dotou os persas dos princípios morais compilados no Zend Avesta, atuando como Zoroastro.

Na Índia, manifestou-se como Yeseus Krisna, o renovador da tradição dos Vedas.

Como Osíris, o manu semente dos egípcios, guiou os escolhidas filhos da atlântida, que formaram a haste solar, retirando-os da ilha de Poseidonis, antes de sua submersão e levando-os as terras do Nilo.

Ainda nas terras do Egito, manifestou-se também, como Kunaton, ou Aknaton, o Faraó que implantou o culto do Deus único Aton, levando as massas o conhecimento do aspecto único e mais elevado da Divindade, do qual era a expressão. Combatendo assim, a superstição e a idolatria, promovida pelos sacerdotes, Kunaton, criou a primeira religião verdadeiramente monoteísta a nível nacional, porém com sua morte o culto a Aton, sofreu feroz repressão por parte do clero politeísta.

Após isso, surgiu como o grande líder Moisés, que conduziu os Hebreus das terras do Egito de volta a palestina, levando com ele o culto do Deus Único.

Na China, expôs o princípio do Tao, quando se manifestou através da consciência de Fo-hi.

Na Grécia esta consciência cósmica, ensinou pelo método da harmonia e da beleza, manifestando-se através de Orfeu, cuja a lira, segundo a lenda, acalmava até mesmo os animais, numa referencia a capacidade que seus ensinamentos tinham de equilibrar o corpo emocional, ou animal, de seus seguidores.

Entre os nórdicos, expressou-se como Odin, o manu dos vikings, senhor de Asgard, o mundo celestial, que deu os germanos suas runas, um sistema de asanas (posturas) e mudras (gestos), baseados em hierogramas, ainda pouco conhecidos e utilizados atualmente apenas pelos seus aspectos proféticos.

Entre os Maias, Astecas e Incas, atuou através dos chamados deuses civilizadores Kulkulcan, Quetzalcoalt, Viracocha e Mama Ocla.

Da Fenícia, vindo às terras brasileiras, da América pré-cabralina, afim de impulsionar o 5º sistema de evolução, fez Avatara, em Yet-Baal, filho primogênito do imperador fenício Badezir, o Maytreia.

Na palestina, o Cristo Cósmico, manifestou-se como o personagem conhecido pelos historiadores e religiosos, como Jesus Cristo, o Avatar da era de Piscis. Por esse motivo os cristão relacionam as sagradas iniciais JHS, a Jesus, interpretando-as como referindo-se ao mistério de Jesus na Hóstia Sagrada.

E na América do Sul, mais especificamente no Brasil, no período existente entre o final da era de Piscis e o início da era de Aquárius, de 14 para 15 de setembro de 1883, enquanto estranha chuva de estrelas cintilava nos céus, e ainda troavam nos ares os últimos rugidos do Vulcão Cracatoa, deu-se o nascimento daquele no qual JHS, faria seu primeiro Avatar da era de Aquarius, o Maytreia.

Nasceu assim o Bijam dos Avataras, a sementes dos futuros Avataras da era de Aquarius.<

Deixando os ensinamentos para a nova era da humanidade, assim, como Manu Semente, deu os novos mandamentos da LEI e ensinou um sistema iniciático compatível, com o atual estado de consciência da humanidade. É o fim do período em que a luz vinha do oriente, Ex Ocidente Lux, eis a luz do ocidente.

Um outro acontecimento importante relacionado ao fenômeno avatárico, é que a manifestação do Cristo Cósmico na face da Terra, é sempre anunciada, por um grupo de seres que a antecede chamados, Yokanaãs.

Como arautos, eles aplainam o caminho, preparando o estado de consciência da humanidade para a mensagem do Avatar.

Quando porém, o Cristo Cósmico, se retira da face da Terra, um outro grupo de seres, os 49 Adeptos Independentes, passa a trabalhar para a difusão da Obra. Como os Yokanaãs, eles fazem parte da “Corte do Avatar”, atuando como apóstolos divulgadores da Obra.

Sem a atuação desses seres que encarnam progressivamente após o Mestre se retirar para os mundos interiores, a mensagem se perderia, pois boa parte dela ainda não foi assimilada, ou é desconhecida da humanidade.

Hoje, nos encontramos as portas do Terceiro Milênio, entre duas eras. Vivendo os últimos dias da era de Piscis, e o início da era de Aquarius, onde o Maytreia se manifestará.

Poucos anos após a manifestação do Bijam dos Avataras na face da terra. Os conhecimentos deixados por ele ainda estão sendo levados a públicos, por seus fiéis discípulos.

Porém, as tradições e os próprios ensinamentos do Bijam dos Avataras, Maytreia, falam que a primeira avatarização do Cristo Cósmico na era de Aquarius, será precedida por sua segunda manifestação. Sua vinda se dará no ápice da nova era.

Porém, se o desenvolvimento espiritual alcançado pela humanidade na nova era, for pequeno, os ensinamentos do Grande Orientador, serão adequados ao máximo de entendimento possível.

Por isso mesmo, a Obra deve ser divulgada, as pessoas não devem simplesmente sentar e cruzar os braços, esperando o salvador.

Ele, o Cristo Cósmico, Maytreia, não se manifestará para resolver problemas menores, mas ensinará, como sempre ensinou, um novo método de realização, um novo sistema iniciático, mais adequado ao estado de consciência dos povos, que poderá promover a iluminação dos que o praticarem, com sinceridade e determinação.

Por isso, os seres devem trabalhar, buscando a vivenciação plena dos ideais verdadeiramente humanos, ensinados por todos os Avataras anteriores do Cristo Cósmico, Maytreia. Pois de acordo com seus esforços se dará a manifestação do Cristo, como síntese dos ideais humanos. A bússola, que nos orienta em nossa jornada do pó às estrelas.

JHS, através do Bijam dos Avataras, já “re-velou”, sua Mensagem. Ou seja ele a velou com outro véu, utilizando para isso, uma nova linguagem, renovando-a, dando-lhe uma nova roupagem. Dotando dessa forma a humanidade aquariana, de um norte. Dando-lhe conhecimentos, que a possibilitarão preparar-se para Seu retorno, Sua futura manifestação através do Avatar de Brahmã, o Senhor do três mundos, Maytreia.

Essa nova revelação é necessário, pois Ele, não se dirige mais apenas a pastores, agricultores e pescadores, mas seus ensinamentos atualizados estão orientados para internautas, que vivem numa aldeia global, onde o homem envia sondas, satélites, tripula naves espaciais e está prestes a desvendar os segredos do gênoma humano, alguns operando no seu dia-a-dia computadores super potentes, cada vez menores.

Porém, se seus ensinamentos serão os que nos conduzirão a iluminação, se nos os receberemos em nosso coração e em nossa mente, isso depende de nós. As vezes o ouvido embrutecido, é surdo a mais bela sinfonia, capaz de elevar o espirito as mais altas esferas.

O Maestro, compôs a partitura e apresentou sua Obra, ficam-nos a opção de participarmos como músicos, assistir ao espetáculo, ou mesmo nos retirar do teatro.

De nossa parte, como discípulos, só nos cabe trabalhar para a realização integral do arquétipo plasmado para humanidade pela Mente Divina, afim de que realmente se realize a afirmação; Venha a nós o Teu Reino.

Trago um novo estado de consciência para o mundo. Não mais admito que se diga; “Tive uma ideia”, porque no futuro a ideia será permanente no homem. (JHS), Maytreia.

Cedido por Sociedade de Estudos Teosóficos.

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