Sólon – Atlântida no mar do norte

Sólon, Sólon, vocês gregos são meninos…

A partir de papiros e inscrições antigas, estudados na tentativa de esclarecer acontecimentos descritos no Antigo Testamento, Jürgen Spanuth – arqueólogo, historiador e teólogo austríaco – construiu uma nova hipótese para responder a um dos mais antigos e insolúveis mistérios que cercam a história do homem: a Atlântida submersa. Suas teorias e os resultados de suas descobertas será aqui relatada para que cada um tire as suas conclusões: enfim, o obscuro desaparecimento da civilização atlante estaria solucionado?

Existe um famoso relato sobre a Atlântida escrito por Platão, grande filósofo grego. Em dois dos seus diálogos, Crítias e Timeu, ele diz que esse relato chegou à Grécia através de Sólon, o estadista grego que redigiu as primeiras leis democráticas do mundo. Entre os anos de 570 e 560 a.C. Sólon viajou para o Egito, onde teve conhecimento da história da Atlântida, narrada em papiros e inscrições em paredes.

Na história Platão, fala-se de uma cidade chamada atenas, da primeira parede construída ao redor de uma fortaleza situada na acrópole de Atenas, do poço cavado na parede da muralha, do Estado grego, templos egípcios, inscrições e textos escritos em papiros, a existência de Líbia e Africa do Norte, etc. Além disso, conta-se que na Atlântida se usavam armas de cobre, estanho e até de ferro, e que o país tinha uma armada de mais de 1.200 navios, carruagens e uma cavalaria.

Analisando textos referentes ao Oriente Médio, na tentativa de esclarecer acontecimentos relatados em histórias do Velho Testamento, descobrimos um novo elo entre a narrativa de Sólon e os Atlantes. Os fatos registrados no Segundo Livro de Moisés (o Êxodo) foram erroneamente situados no século XV a.C. De acordo com o texto, o povo de Israel teve de ajudar na construção das cidades de Phiton e Ramsés, levantando paióis de trigo para o faraó (Êxodo, 1,11). As escavações feitas em Phiton e os três hinos dedicados à “construção da bela cidade de Ramsés” provam que isto aconteceu durante o reinado de Ramsés II (1300-1230 a.C.) e que o povo de Israel se encontrava no Egito àquela época. Ramsés II morreu pouco antes do Êxodo do Egito (Êxodo,2, 23). Então, o Êxodo e as “dez pragas” só poderiam ter acontecido depois da morte do faraó, isto é, depois de 1230 a.C.

Estudando inscrições e papiros, chegamos aos registros esculpidos nas paredes do templo real em Medinet Habu, feitos durante o reinado de Ramsés III. Esse templo foi escavado por pesquisadores do Eastern Institute, da Universidade de Chicago, entre 1927 e 1936, em Tebas. Sua construção foi datada de 1200-1168 a.C. Os textos das inscrições e dos murais foram publicados entre 1934 e 1954, e comprovam os fatos descritos no Segundo Livro de Moisés e a história que Sólon ouviu em 560 a.C. no Egito, que deu origem ao relato de Platão.

AS INVASÕES VINDAS DO NORTE

Pelos baixos-relevos de Medinet Habu, os acontecimentos relacionados à Atlântida ocorreram no últimos 30 anos do século XIII a.C. Foi naquele período que se verificou a construção da primeira parede ao redor da acrópole de Atenas (1220-1210 a.C.), e cavou-se um poço dentro da parede. Foi também naquela época que os atlantes foram forçados – por graves catástrofes naturais – a fazer uma longa viagem através da Europa até o Oriente Médio, êxodo que iria terminar em batalhas espetaculares: Ramsés III conseguiu, auxiliado por líbios e etruscos, evitar a invasão do povo que vinha do mar.

Considerando o relato de Platão e as inscrições de Medinet Habu – e a semelhança entre os textos e a cronologia – não havia dúvidas: a história da Atlântida e a dos povos marítimos que atacaram o Egito estão intimamente ligadas. Comparando os textos do período de Ramsés III com a história sobre a Atlântida, chega-se à conclusão de que o que se entendia por “inúmeras ilhas e partes de continente” (Timeu,25) é na verdade o mesmo reino descrito nas paredes de Medinet Habu – composto de “ilhas e partes de continente situadas no extremo norte, lá longe, no fim do ‘grande círculo de água’, no fim da terra”.

O termo “grande círculo de água” foi usado pelos egípcios para denominar o oceano, que para eles cercava, como uma corrente gigante e circular, o mundo habitado. Na sua cosmologia, esse “círculo” era dividido em “curvas”, ou seja, em dez segmentos, que coincidiam aproximadamente com as nossas latitudes e trópicos. Sobre a décima curva, os egípcios disseram que ali o “sol se punha à meia-noite”, e sobre a nona, que o “dia mais comprido durava 17 horas”. Ainda segundo os egípcios, os povos do mar (ou povos do mar Norte) eram povos da “nona curva”, que corresponde, na geografia moderna, às regiões situadas entre as latitudes 52 e 58 no hemisfério norte: o Norte da Alemanha, a Dinamarca e o Sul da Escandinávia.

RELATOS HISTÓRICOS DOS EGÍPCIOS

Se seguirmos as indicações de Ramsés III, então, os atlantes vinham originariamente daquelas regiões. Os murais e baixos-relevos de Medinet Habu são muitos reveladores. Devido á capacidade de observação e ao detalhismo dos egípcios, os povos da “nona curva” foram retratados com precisão: usavam capacetes com chifres ou coroas ornamentadas com raios; possuíam escudos e espadas retas – armas utilizadas somente no Norte da Europa em 1200 a.C. (Esses objetos e gravações nas rochas foram encontrados por arqueólogos na Escandinávia, o que comprova a veracidade daquelas descrições.)

Historiadores modernos chamavam de “germanos” os ancestrais dos habitantes daquela região, assim também conhecidos por outros povos desde 200 a.C. Pítias de Massilia (Marselha), que visitou a região em 350 a.C. chamou-os de “celtas”. Se eram germanos ou celtas, não importa. O fato é que aquelas tribos não haviam se separado, àquela época, e viviam no Norte da Europa.

Ramsés III fala, nas suas inscrições, sobre os três grupos principais desses povos, que ele dominou, juntos, os “povos do Mar do Norte”. Chamou-os de phrs (“pheres”), saksar e denen. Foram essas inscrições as primeiras que deram nomes aos pheresioi, quer dizer, às mais antigas tribos germânicas: frísias, saxônicas e dinamarquesas.

O Norte da Europa conhecia uma grande civilização até a metade do século XIII a.C. Parece que desde 2400 a.C., o Norte da Alemanha e o Sul da Escandinávia eram centros culturais e comerciais muito ativos. Exportavam objetos de cobre, grandes quantidades de âmbar e, provavelmente, peles, para o Sul e Oeste (Ásia Menor, Egito, Grécia, etc.), para ali serem trocados por ouro, prata e miçangas do Egito – artigos que não existiam nos países habitados por povos.

Se o arquipélago da Atlântida (porque nenhum lugar se fala em um continente) é o mesmo que as ilhas e regiões do Norte da Europa (o que é bem provável), é fácil localizar a “Ilha Real”, chamada por Ramsés III a “principal de suas cidades” e que aparece sob o nome de “Basiléia” na história sobre Atlântida.

A GRANDE BATALHA FINAL

Os primeiros ataques aconteceram durante o governo do faráo Seti II (1210-1205 a.C.), mas foi durante o quinto ano do reino de Ramsés III (1200-1168) que eles fizeram seus ataques mais violentos. Da Palestina e da Líbia eles empreenderam uma invasão direta, conforme plano anteriormente estabelecido. É sobre essa gigantesca batalha que as inscrições de Medinet Habu e a história de Platão nos contam. Ramsés III conseguiu fazer o inimigo recuar e aprisionou alguns invasores. Foi através deles que os egípcios obtiveram informações de sua terra original e a rota seguida durante a migração. Foi essa história, anotada em papiros e em baixos-relevos , que Sólon relatou a Atenas (560 a.C). Foi baseado nela que Platão escreveu seu relato sobre a Atlântida, descrevendo os ano 1200 a.C.

Em sua longa jornada, os povos do Mar do Norte seguiam os velhos caminhos comerciais que, desde 2400 a.C., serviam à transação com o âmbar. Deixaram, então, o testemunho vivo da sua passagem: a tribo dos pheres, ficaram no Oeste da Síria; os denos instalaram-se em Chipre, enquanto os dórios colonizaram o Peloponeso, Creta, Rodes e as Ilhas do Mar Ergeu. Os demais permaneceram no Norte da Africa.

Todas as descrições dizem que eles foram altos, brancos, tinham olhos azuis e cabelos loiros – as feições características da raça nórdica, nas palavras do francês Henri Lhote, no seu estudo sobre as inscrições na rocha do Saara. Vestígios de seus traços foram também anotados na Itália e regiões adjacentes, por Heródoto e Plínio, pela presença dos úmbrios e teutões, que lá chegaram antes da “invasão dos bárbaros” que ameaçou Roma desde 113 a.C.

Na Grécia, dórios e atenienses viviam em guerra, o que é compreensível se considerarmos a história sobre Atlântida, que também justificaria as lembranças dos espartanos sobre sua terra de origem e os tempos quando “enchentes e guerras contínuas” os forçaram a abandonar “suas ilhas e terras remotas perto de Reno” (Tiumagenos).

Desse modo, alguns séculos antes que a chamada Magna Grécia abrangesse a Grécia, Creta, Chipre, a costa norte da Africa, a Sicília e o Sul da Itália, os diversos povos que formavam esses países já haviam sido unidos numa pequena sociedade civilizada – os povos do Mar do Norte, ou, simplesmente, os atlantes….

Eis o Mistério da Atlântida Iluminado!?

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