Alquimistas Europeus

Alquimistas Europeus de destaque nesta publicação são: Roger Bacon, Ramon Llul, Nicolau de Cusa, Pico Della Mirándola, Giordano Bruno e Paracelso.

“Podemos reduzir um mineral imperfeito a um mineral perfeito… uma vez que o chumbo (Saturno) é uma espécie de prata (Lua) que foi invadida pela doença mineral da humorosidade, maleabilidade, negrume e peso, quando estes forem postos à parte teremos novamente prata boa e verdadeira.” Roger Bacon

ROGER BACON

Roger Bacon (1214-1292) foi um destes professores, lecionando na universidade de Paris textos da Física e Metafísica de Aristóteles. Mas Bacon era um homem religioso e acaba por entrar na Igreja. Seu amigo Guy de Folquois tornou-se o Papa Clemente IV, em 1265. Com isso Bacon conseguiu um mandato com a proteção papal para enviar, secretamente, a Roma a pesquisa que vinha desenvolvendo. Bacon remeteu a Roma cerca de três obras: aOpus Majus, a Opus Minus e a Opus Tertium, nas quais explica as suas teorias.

Para Bacon, as ciências se apresentam de maneira prática ou especulativa. A Alquimia Européia é considerada uma ciência de alto nível pois se trata de uma ciência experimental, mas há também uma alquimia especulativa que trata do estudo da geração das coisas e do mundo. NO que se refere à alquimia “experimental” Bacon estava mais preocupado com a questão da cura, dos remédios e elixires. Estas preocupações foram escritas num livro, Sanioris Medicinae. Bacon acreditava que através do aperfeiçoamento de um metal, poderia fazer o mesmo, por analogia, com o corpo humano.

Já na alquimia “especulativa”, Bacon faz várias críticas a Aristóteles, descobrindo falhas no texto aristotélico. Ele também critica a ignorância dos latinos e até a falta de interesse destes pela aquisição de conhecimento sobre os mistérios da natureza. Bacon também repudia a magia, embora não tenha o menor pudor de se utilizar de experimentos de feiticeiros e magos, fazendo até uma classificação detalhada desta. Ele chegou inclusive a utilizar-se da magia para descrever como os homens poderiam voar, andar sobre o mar e dirigir carros sem animais. O prestígio de Bacon chegou a transformá-lo num mago medieval.

LLUL E VILLANOVA

Um decreto do Papa XXII, em 1317, visava conter a alquimia, mas este decreto era mais contra aqueles que mais se preocupavam em inventar a verdade do que descobri-lá. Tanto assim que antes de ser feito, o Papa consultou médicos, filósofos e alquimistas para aboná-lo na publicação de tal decreto. Segundo o Papa, os estudiosos de Hermes não conseguiam suster suas idéias e práticas alquímicas em debates. Além disso, a mistura de idéias místicas comprometia a fé da Igreja.

Alquimistas Europeus, como Ramon Llul (1232-1316) era desses pensadores que combinava idéias “suspeitas”. Ele era catalão. Considerando-se um beato “iluminado”, entrou para ordem dos franciscanos. Sua importância se deve a influência que teve mais tarde no renascimento sobre pessoas como Nicolau de Cusa, Pico Della Mirándola, Giordano Bruno e até Paracelso.

Ele trabalhava com conhecimentos mágicos e ocultos. Chegou a inventar um sistema de cômputo, baseado na “arte da memória” desenvolvida pelos gregos, na qual eram estabelecidas relações entre o macro e o microcosmo, podendo responder a todas as questões do conhecimento obtido até então, Llul produzio cerca de 44 livros sobre alquimia, dentre os quais Testamentum, Ars Clavicula e De Consideratione Quintessentia. Ele não acreditava na transmutação dos metais, por achar que um metal não abandonaria a sua natureza a favor de outra.

A noção da quintessência (Éter-Akasha-Devas) foi bastante desenvolvida por Llul, chegando ele a descrever processos de sua obtenção de quase todos os tipos de materiais. O álcool seria uma substância espirituosa que produziria mais facilmente a quintessência.

Alquimistas Europeus, como Arnaldo Villanova (1250-1311) foi professor de medicina em Montpellier, médico de papas e reis, mas também apoiava reformas religiosas. Dizem que ele precedeu Paracelso na medicina popular, tendo trabalhado com a anatomia humana e feito diversas experiência com a destilação do sangue humano, provavelmente sob inspiração alquímica.

Ele chegou a produzir cerca de 50 trabalhos em alquimia, entre estes há uma carta ao rei inglês, De Conservanda Luventude et Retardanda Senectude, sobre a conservação da juventude e provavelmente sobre o elixir da juventude. Em seu texto Semita Semitai ele diz: “O magistério surge através do uno, se faz do uno e compõem-se de quatro e três que são uno.”

Há aí a referência aos quatro elementos (alma) e três é aquilo que o anima (o espírito). Desta sua noção de corporalidade e espiritualidade ele compus sua teoria sobre a quintaessência, uma espécie de aqua vitae, provavelmente o álcool. Baseando-se nisso há dois livros seus Tractatus de Aquis Medicinalibus e Liber de Vinis, onde se fala da aqua ardens e aqua vitae.

PARACELSO

Theofratus Bombastus Von Hohenheim (1493-1541), dito Paracelso, é considerado o Pai da medicina hermética. Paracelso faz parte de um outro período da renascença. Ele já havia passado pelo debate entre Copérnico e Ptolomeu sobre o fato da terra ser ou não ser o centro do universo.

Ele é bastante crítico, não vendo importância em Razes, Savonarola e Villanova. Mas é deste último que ele retira a sua ideia de uma quintaessência. Ele misturou e introduzio idéias para produzir novas.

Ele baseava sua alquimia numa relação entre o macrocosmo (o universo) e o microcosmo (o corpo humano). Tanto assim que fez correspondências entre as constelações e os diferentes órgãos do corpo humano, sendo o primeiro a falar de uma “astrologia terrestre”.

Alquimistas Europeus, como Paracelso retira de seu pensamento ou reduz a importância dos quatro elementos. Ele prefere trabalhar em tríades: enxofre, mercúrio e sal; Lliaster, Vulcanus e Archeus. Esta última tríade refere-se à construção do mundo: Deus não teria feito as coisas em sua forma final tal como as conhecemos, assim Vulcanus lhes dá uma forma geral, cabendo a Archeus a forma específica ou final.

Para Paracelso a doença seria um mal funcionamento de Archeus e não um desbalanço geral do organismo. Seu livro sobre a Anatomia Archei trata da anatomia da vida, que é a anatomia do mundo, pois tudo é vivo. Para Paracelso, o médico deveria ser uma espécie de alquimista que entenderia e localizaria os problemas da química interior. Para ele, “iguais curam iguais”.

A grande importância de Paracelso está no fato dele ter combinado todas as “artes” para produzir a sua obra, que ele considera suficiente e absoluta, tanto que queria expulsar todas as demais consideradas supérfluas.

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