Alquimia do Fogo

Alquimia do fogo é uma prática que combina elementos da Química, Física, Biologia, Medicina, Semiótica, Misticismo, Espiritualismo, Arte, Antropologia, Astrologia, Filosofia, Metalurgia e Matemática.

“A natureza é encontrada na natureza,
a natureza vence a natureza,
a natureza domina a natureza.”Hermes Trismegisto.

A pré-história humana pode ser entendida pelos instrumentos que os homens utilizaram. Assim, temos a idade da pedra lascada e depois a dos metais. As mitologias, como a grega, a hindu, etc, falam em idade de ouro, de prata, de bronze e idade de ferro, comparando as fases da história humana com os metais.

Para se poder trabalhar com os metais é necessário ter um domínio sobre o fogo. Na Alquimia do fogo, os metais possuem um fascínio muito grande para os Alquimistas, talvez devido à sua transformação sob o fogo. Depois de passarem pelo fogo, eles podem ser manipulados de modo a ser útil, transformando-se em facas, lâminas, bacias e adornos. Desde os primeiros tempos, a Terra era considerada como a Mãe Terra, que fornecia alimentos gerados em seu ventre, a fertilidade do solo.

Os alquimistas, como outros, acreditavam que deveriam ajudar a Mãe Terra a partir dos metais de que estava “grávida.” Este era o trabalho dos mineiros. Acontece que a antecipação do parto faz “brotar” metais imperfeitos. O trabalho dos alquimistas, então, era o de aperfeiçoar o metal.

O metal superior na escala de preciosidade é o ouro. Esta escala era estabelecida de acordo com as propriedades de cada metal. O ouro é o mais nobre dos metais por resistir mais ao fogo e à corrosão. No ocidente, ele adquiriu o status de moeda, ao contrário do que na China e na América pré-colombiana. Este fato fez com que houvesse uma grande admiração pela posse do ouro pelos ocidentais, com vistas à riqueza. Assim, quem possuísse mais ouro, seria mais rico.

A FALSIFICAÇÃO DOS METAIS

Em virtude disto, passou-se à prática, existente até hoje, da falsificação dos metais, em particular do ouro. Isto parece ter começado no Egito, por volta de 500 a.C. Para combater a falsificação era necessário determinar a integridade do metal. Assim, verificavam, por exemplo, se o ouro não continha parte de outros metais. Os alquimistas forma acusados de serem falsificadores, enquanto outros foram contratados para combater a falsificação.

Seja como for, a arte da metalurgia era considerada pelos alquimistas como uma arte sagrada. Pois era através da metalurgia que se chamava à perfeição humana. O trabalho com os metais era fundamental para os alquimistas, sendo que através de seus estudos eles procuravam chegar à pedra filosofal, que possibilitaria a transmutação dos metais em ouro (transformar alma em espírito), que, para os alquimistas, era considerado o metal mais nobre e mais puro, simbolizando a essência do conhecimento e da perfeição.

O FASCÍNIO MÁGICO DO FOGO

Segundo o filósofo Gaston Bachelard, em sua Psicanálise do Fogo, a Alquimia do fogo produz uma sedução própria para o espírito humano. Este fascínio, no entanto, é pouco explorado no que concerne ao conhecimento científico, nem nos livros de química ele figuraria. O fogo, então, recebe mais referências e valorizações da arte: da música, pintura e poesia. Estas valorizações são contraditórias: o bem e o mal; o Sol do Paraíso e o calor do inferno.

Alquimia do Fogo – A Arte metalúrgica – Os Alquimistas

Em sua Psicanálise, Bachelard fala de complexos relacionados ao fogo, dentre os quais o complexo Fogo de Prometeu, o Deu que entregou o Fogo (Luz do Conhecimento) aos Homens. Segundo este complexo, a criança teria um tal fascínio pelo fogo que gostaria de tocá-lo para conhecê-lo melhor. Entretanto este conhecimento é barrado pelos pais que proíbem a criança de tocá-lo. Assim, a interdição ao fogo seria social e não natural..

Os alquimistas são muito citados na obra de Bachelard. Eles possuem um grande fascínio pelo fogo. O fogo, desde Heráclito, é considerado como o elemento de transformação universal, pois nada resiste impacto a ele, senão ele mesmo. Os metais são moldados somente sob a ação do fogo (…).

Ao explicar o domínio do fogo pelos homens, Bechelard diz que não seria uma observação natural que os homens reriam tido a ideia de esfregar dois pauzinhos para produzir calor e fogo. Esta ideia teria muito mais uma origem sexual do que natural. Assim do fogo interno passar-se-ia ao fogo externo, sendo este princípio fundamental para o entendimento do fascínio mágico do fogo.

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